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A ceia sã reproduz em seu cenário uma mesa de jantar na qual se sentam como personagens membros de uma família completamente inserida em um caos: o pai alcóolatra, a mãe dependente de medicamentos e tabaco, os filhos perdidos em depressão, ansiedade, drogas lícitas e ilícitas, e uma criança emocionalmente abandonada. Para piorar o quadro, parentes intriguistas e um casal de visitas bastante crítico acentuam ainda mais a situação problemática da cena. A mãe, perdida entre as atribulações da casa, tenta desfazer os nós da existência de todos, entretanto, encontra-se em um caminho sem volta e abre-se ao público para uma última conversa. Engraçado e intenso, o esquete discute a imagem decadente da família tradicional que tenta empurrar para baixo do tapete suas mazelas, fazendo sofrer filhos e pais no processo doloroso do abuso de drogas e outros vícios.
Casa de papel, bonecas de pano aborda a sexualidade em diversos ângulos, desde a visão intimista que envolve o diálogo sobre sexo numa relação entre pais e filhos a problemas de ordem nacional como a agressão contra a mulher e questões urgentes de saúde pública como a gravidez na adolescência e a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DSTs. Nessa cena, também uma família se vê às voltas com um problema que, em princípio, configura-se como a possibilidade de uma gravidez na adolescência. Em diálogos contundentes, uma adolescente é assolada pelos problemas advindos do sexo sem proteção, temendo uma gravidez não planejada. Contudo, as suspeitas da jovem não se confirmam e a cena caminha para um desfecho triste, real e surpreendente.
Postado em: 31 de dezembro, 2019